quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O PRAZER NO DESCUIDO



Engraçado como determinadas situações tem cores, sabores, cheiros e aspectos próprios. Instantes de prazer que guardamos na memória. E na distração, as lembranças vêm assim, meio que sem propósito, sem aviso prévio. Basta só sentirmos aquela fragrância, ver uma imagem, ouvirmos a frase, identificarmos o sestro ou a música tocar. Pronto. Encantamento feito. Transporte certo e direto para lá, para aquele momento, para aquele lugar, com aquela companhia. São segundos ladinos. Imperceptíveis. Cara de bobo, sorriso matreiro, olhar perdido, reconstrução de um outro tempo. E quando nos damos conta, acabou. O cair em si desfaz a projeção. O corpo perde o arrepio. E o gozo, ah! O gozo!Esse se desmaterializa e volta para o mundo dos pensamentos perdidos. Afinal de contas: “Felicidade se acha em horinhas de descuido”
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